sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Ai, ai... O fim de semana tá aí

Meu digníssimo marido disse que sou doida de abrir pra todo mundo que estou fazendo dieta e, mais ainda, de compartilhar publicamente as agruras do meu emagrecimento. A justificativa dele é que, se eu falhar, vou passar o maior carão com todo mundo.

Bem, como o próprio Dr. Geraldo disse, deslizes a gente sempre comete (lembra da minha escorregadela com o pastel?), mas estou muito determinada. Aliás, o fato de escancarar num blog meus dilemas e dificuldades tem um quê de estratégico. Surpreendentemente até pra mim, chega a ser terapêutico contar tudo aqui: meu compromisso deixa de ser só comigo mesma e, ao escrever, posso digerir melhor as provas de fogo que enfrento.

E olha que provas de fogo não faltam. Com o fim de semana chegando, a coisa fica mesmo mais difícil. Depois de uma semana comendo iogurtinho light, gelatina diet, bem menos frutas do que eu gostaria e quase nenhuma massa (ai que falta me fazem os carboidratos), não seria difícil surtar, chutar o balde, comer até ficar com aquela sensação de que a pança vai explodir....

Mas já prometo que vou me conter...Vou recusar os convites para o final de semana, até mesmo para o almoço de aniversário da minha irmã, que vai ser uma comilança só. Aliás, dieta e vida social, definitivamente, não combinam.

Bem, vou ter que ficar enclausurada e, para não pensar em comida, vou aproveitar o tempo para fazer alguns trabalhinhos artesanais que me fazem esquecer de tudo. Depois venho aqui, prestar contas a vocês...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Difícil decisão

Quero que vcs me ajudem a fazer uma escolha. Tô pensando em malhar na academia, mas ainda não me decidi sobre o assunto porque, vamos ser sinceros, quer lugar onde vc se sinta mais gorda e flácida?

Tops e bermudas de lycra não foram feitos para quem está acima do peso. Aí, enquanto a gente vê os esbeltos e sarados se exibindo nas roupas justíssimas, acaba fazendo ginástica para esticar o enorme blusão de malha e tentar impedir que as banhas saltem de vez.

Se for mesmo malhar, vou comprar um macacão (tipo aqueles Yoga) para evitar que a calça de lycra fique se enrolando que nem massa de canelone na altura do meu quadris (ou devo dizer pneu?), me obrigando a fazer o movimento contrário ao que faço com a blusa.
Ai, ai... só de pensar em tudo isso, fora o fato de que odeio musculação, já fico morrendo de preguiça.

Talvez fosse melhor resgatar a esteira elétrica que comprei há uns seis anos e que está aposentada na casa da minha mãe (quem de nós, que tem problemas com a balança, nunca aposentou uma esteira ou bicicleta ergométrica, heim?!!)...

Como a rua é um espaço mais democrático, talvez vocs sugiram fazer caminhadas mas, nesse caso, a gente tem sempre uma desculpa pra não ir, não é mesmo? Um dia é o sol que está quente demais; no outro tá chovendo, tá calor, à noite não dá porque fica perigoso demais...Como tenho uma filha pequena, ainda tenho que me ajustar aos horários dela.

Bom, com tantos poréns, não é por acaso que esteja com tantos quilinhos a mais. Me lembro de uma vez que emagreci bastante com uma saída bem simples, apenas aumentando a quantidade de passos no dia.

Existe no mercado (o Dr. Geraldo me apresentou) um aparelinho chamado pedômetro. A gente coloca o bichinho na cintura e ele marca quantos passos vc deu. No meu caso, tinha que ser, no mínimo, 7.500. Como estava empolgadíssima, minha média diária eram 12 mil passitos, caros amigos. Para atingir a marca, não perdia nenhuma oportunidade de andar. Por exemplo, escolhia sempre o ponto de ônibus mais longe para descer ou embarcar...

Ele deve estar perdido em algum lugar lá de casa, no meio do arsenal que a gente sempre acumula para emagrecer (acredite se quiser, além de pedômetro e de um monte de roupa própria pra malhar, também tenho um banco de gel, para fazer spinning. EU JÁ DEU CONTA DE FAZER ISSO GENTE!!!). Será que uma opção seria voltar a usá-lo?

Bem, acho que para escolher, vou ter mesmo é que espantar a preguiça...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Eu fui à pastelândia

Segundo dia de dieta
café da manhã:
- uma fatia de pão de forma com queijo (perdão, Dr. Geraldo, mas ainda não foi o pão ligth) assado com um pouquinho de manteiga
- uma fatia de melancia (Comer só isso foi um grande exercício de autocontrole, já que sou capaz de devorar metade da fruta de uma só vez. Adoro!!!)
lanche da manhã:
- gelatina diet
Tudo certinho, não?
De fato, o segundo dia de dieta foi bem tranquilo. Mas devo confessar que o primeiro foi quase um fracasso total.
Espero não decepcionar meus confiantes seguidores mas, como prometi o máximo de sinceridade, vou ter que contar.
Fiz a dieta direitinho até o fim da tarde de segunda -feira. Aí, cheguei em casa e conferi se a fiel escudeira havia preparado o que pedi para o jantar. Estava tudo lá: salada de pepino com tomate e cebola, vagem refogada com carne moída magra. Isso mesmo! Tudo sem gordura porque eu iria colocar um azeitezinho na salada, né?
Estava tudo lá e quando ia começar a tirar as coisas da geladeira, eis que toca o telefone. Era mamis chamando pro aniversário surpresa do meu sobrinho Gabriel, de 10 anos.
Tive que ir , obviamente, e lá estava rolando a verdadeira farra do pastel. De carne, de queijo, de banana com canela... ai, ai, ai...Somos apaixonados por pastel lá em casa, sabe?
Tentei me controlar, mas comi uns cinco ou seis, fingindo pra mim mesma que não estava cometendo pecado algum.
Vc já reparou que toda vez que a gente começa uma dieta aparecem mil e um convites pra comemorar (diaga-se, comer)? Confiantes quanto à própria determinação, aceitamos o convite, mesmo sabendo que a tentação vai ser grande. Chegando ao evento, a gente não resiste, come e tem que remoer a dor na consciência junto com a azia.

Ah! Mas, no meu caso, o castigo não demorou a chegar. Meu estômago ficou embrulhadíssimo devido ao excesso de fritura que, graças a Deus, não estou acostumada a ingerir. Passei a noite inteira me lembrando dos (agora terríveis) pastéis.

A outra parte do castigo deve vir o com o pito do Dr. Geraldo que, daqui a pouco menos de duas semanas, vai olhar o meu diário alimentar e exigir satisfação sobre o ocorrido. É isso mesmo, gente. Além desse blog, tenho que registrar o valor calórico de tudo o que como (tenho uma extensa tabela) durante o dia. É para não correr o risco de ultrapassar as 1.200 calorias. Uma matemática pura e simples, combinada com uma boa dose de boa vontade, é claro.

Bom, por causa dos pastéis, minha contagem de calorias foi parar em 2.200.

Felizmente (faz parte desse processo ver sempre o lado positivo das coisas), tenho como companheira fiel uma dieta de "emergência" de baixíssimas calorias (menos do que eu tenho que consumir normalmente), e tive como compensar os excessos do primeiro dia.

Aliás, no segundo dia eu brilhei e o Dr. Geraldo vai ficar orgulhoso de mim.

Também estive visitando uma academia hoje. Mas isso eu deixo pra contar amanhã. Até

Com que roupa eu vou?!!!

Quem está treze quilos acima do peso (como eu) sabe como é difícil encontrar uma roupa no armário todos os dias para ir trabalhar. Pouca coisa cabe e menos coisa ainda fica bem.
Se visto algo mais "larguinho", parece que me transformei num saco de batatas.
Se ponho algo mais justo, que deixa ver as formas, as banhas também aparecem bem marcadinhas na altura do sutiã (estou falando daquela gordura maldita que quem está acima do peso armazena debaixo das axilas e que se espalha pelas costas. É nela que o sutiã afunda!!!), no quadris que, fatalmente, fica dividido pela calcinha, e na barriga, que dobra em dois grandes gomos cada vez que nos sentamos.
Manga cavada, nem pensar! Meus braços engroçaram tanto que parecem dois enormes troncos de árvore presos no meu corpo. Meu rosto também denuncia o tanto que engordei. As maçãs ficam sumidas, engolidas pelas bochechas...Credo!
Mas, voltando à falta de opção, os quilos extras me fizeram adotar uma espécie de uniforme: calça preta sempre reta, nem justa nem larga demais. Na parte de cima, blusas mais leves e coloridas para tentar alegrar o visual.
No armário ficam guardadas todas aquelas roupas de magra que um dia sonho em usar: tubinhos, saias fresquinhas, tops, camisetas, vestidos bem bonitos onde eu já me enfiei um dia e que, agora, pareceria um deboche ostentar.
Até as roupas íntimas eu tive que guardar. Elas foram separadas entre as de dez quilos a menos e as de dez quilos a mais...Nem preciso descrever o estilo da segunda categoria, né?
É óbvio que biquinis e shorts também foram aposentados. Por garantia, comprei um maiô preto e bem mais comportado (tipo os que usam as mulheres da terceira idade) para situações emergenciais. Mas evito ao máximo passar pelo constrangimento, recusando qualquer convite para ir ao clube ou para tomar sol. Ai, ai...
E se é difícil encontrar roupas "usáveis" no armário, mais difícil ainda é encontrar o que comprar. Primeiro a gente fica naquele dilema: compro algo menorzinho porque vou emagrecer ou assumo que sou gorda e compro logo uma numeração que me deixe à vontade?
Qualquer que seja a decisão, enfrento problemas. No primeiro caso, é praticamente impossível achar algo que fique bem, que abotoe ou que me deixe respirar.
No segundo... bem, no segundo, praticamente não existem opções no mercado. Talvez fosse melhor mesmo comprar um saco de batatas e arrematar daqui e dali, tentando dar alguma forma à peça de "tecido".
Será que o mundo foi realmente feito para os magros?
Bom, vou que investir sério nessa proposta de diminuir a numeração do manequim...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Mulher das cavernas

A natureza foi generosa comigo. Além das medidas volumosas nas coxas, peito e quadris, também fui privilegiada com um paladar eclético. Eu gosto muito de comer e gosto de quase tudo! Pão de queijo, doce, arroz com feijão, um suculento prato de massa, picanha ou músculo, verduras, legumes, frutas, sopa...um bolo de fubá... humm!!!!
Para completar o pacote, carrego uma memória ancestral infalível e, por isso, como uma verdadeira mulher das cavernas, vivo fazendo reservas adiposas para sobreviver, caso falte comida.
O estoque é acumulado basicamente nessas partes que citei acima e, uma vez instalado, não há decreto que o elimine do lugar.Talvez o exercício físico ajudasse mas, a questão mesmo, segundo o Dr. Geraldo, é equilibrar quantidades gastas de calorias e volume de comida ingerida.
Ok. Ok. Isso eu já entendi. Mas é justamente aí que reside todo o problema: Eu gosto de comer e o metabolismo manda eu gastar bem pouquinho para sobreviver. Só 800 calorias (como revelou a calorimetria encomendada pelo Dr. Geraldo)!!!.Ora! Nem mosquito vive com isso!!!! Chega a ser um desaforo que uma mulher como eu, precise de tão pouco alimento. É a mais pura sabotagem....
Quer outro agravante? Eu tenho: a idade! Ainda não cheguei aos 40, mas vc deve saber que, depois dos 30, a coisa complica, né?
O resultado de toda essa combinação é que estou mais uma vez de dieta. Já perdi a conta de quantas vezes comecei (e consegui perder peso, diga-se de passagem) esse longo e difícil processo de emagrecer.
É por isso que resolvi registrar toda a saga neste blog. Assim, vou compartilhando as experiências e tenho um estímulo a mais pra fazer tudo certinho. Que Deus me ajude!!!Beijos e até amanhã